O Pedro morreu. Não conheço qualquer palavra que possa atenuar a mensagem. Foi assim que a recebi no dia 3 de Julho e é assim que a interiorizo. O Pedro morreu! Simplesmente, sem nada que alguém, que é como quem diz, eu, possa fazer ou dizer.
Pensei em tempos que já tinha descoberto a dimensão da nossa história, estava também aí, enganada. A verdadeira dimensão, ou talvez ainda não, sinto-a agora. A verdadeira dimensão estava no abraço com que a mãe dele me recebeu, no olhar do irmão. Tudo o mais foi um emaranhado de desencontros e equívocos, reduzidos agora à sua verdadeira importância, ínfima, perante a vida e a morte.
As palavras por dizer, tantas, ficarão irremediável e inevitavelmente para uma outra vida. Nesta fica a saudade.
Até já Pedro…