... é o tanto que tenho aqui, algures, entre a cabeça, o coração, os lábios e a ponta dos dedos.
Como diria o poeta é um não sei quê, que me vem não sei de onde, mas não me refiro necessariamente a amor, ou pelo menos a esse amor “comercial” que se vende em rosas vermelhas e “I love you’s”. Confuso é este não sei quê que sinto agora, esta emoção, este aperto na alma. É isto que não sei pôr em palavras que sempre se revelam demasiado pequenas. É um não sei quê de incompreensão pela vida. É um não sei quê de duvida quanto ao rumo. É um temer-me alguém que não quero ser. É o saber-me diferente do que tantos parecem ver. É esta impotência como doença crónica. É esta mágoa que tantas vezes dança e canta e seduz... é esta cobardia revestida a preguiça que me enregela os dedos e turva o raciocínio... este medo do escuro, do que está para lá do que os meus olhos alcançam... é este inconformismo que dá o braço a esta coragem, esta paixão, esta gargalhada, esta força que me impulsiona, este sonho permanente... é no fim do dia esta inconstância... e sou eu que me perco e encontro entre letras, que me pinto de mil cores exuberantes e que me transfiguro...
2 comentários:
Afinal sempre escreveste, não calaste...
SIm, mas talvez, apenas talvez, tenha falado imenso permanecendo calada...
;)
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