Estava a começar este post a falar de 2007, mas não faz sentido, apaguei. Tu sabes como foi que nos cruzámos, os que aqui me visitam também o sabem, afinal isto é uma espécie de clube restrito, apesar de não ser um blogue apenas para convidados é quase como se fosse, só cá aparecem os amigos, os que já me conhecem e que também te conhecem. Os que não andam à caça de mais um leitor e que sabem que quando os visito também é apenas por vontade de saber deles e do que pensam, do que vivem. Isto faz sentido sendo uma partilha, uma partilha com sentimento, mesmo quando se partilham banalidades. Tem sido assim ao longo dos anos, porque já são anos, e será assim eternamente, que é como quem diz, enquanto fizer sentido. Uma partilha. E hoje não fugirá à regra, será também assim, uma partilha.
Vamos fingir que estamos todos sentados num bar, que eu tenho uma caipirinha na mão e umas outras já bebidas, vamos fingir que bebi aquela conta que solta a língua, aquela ligeiramente antes de a voltar a prender de dormente.
Este foi um ano diferente para as duas, não por motivos comparáveis, mas foi um ano que nos deu que fazer, este ano que começou a 26 de Janeiro de 2009 e termina amanhã, porque como ainda não me deitei ainda não troquei oficialmente de dia, já sabes como é. Mas adiante, este ano foi diferente, foi difícil muitas vezes, se foi, mas foi rico, riquíssimo. Permitiu-me partilhar. Permitiu-me conhecer. Permitiu-me revelar, confessar, escutar, tentar entender, criticar, ser criticada, aceitar. Este ano alguns dias acabaram a altas horas da madrugada e sem aditivos. Não foram precisas bezanas para obter ressacas, nem foram precisas distracções para o tempo correr. Essas noites confirmaram-te da casa. Recebo-te em pijama, ponho-te na rua, ou abro-te o sofá, como queiras, só não podes é acordar-me cedo.
Este ano veio confirmar o que te disse o ano passado, sentada no bar. Esta casa, agora esta virtual em que te escrevo, deu-me muito, além de me dar um pouco de paz, deu-me pessoas únicas, insubstituíveis e inesquecíveis. Permitiu-me viver momentos impagáveis e por isso ser-lhe-ei sempre grata, independentemente de quanto tempo possa dura esta “eternidade”. Tu és como sabes, como todos sabem, uma dessas pessoas. É um privilégio partilhar contigo mais um aniversário, seja para te levar a um bar de alterne, para te contar já meia grogue que fiquei sem emprego no dia dos teus anos, ou para seja lá o que for que façamos este ano.
Parabéns
primota! Minha prima, por parte dessa família que nós escolhemos.