quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

imensidão

"Todos os dias, sem excepção, no desenvolver do nosso trabalho, tudo à nossa volta nos remete repetidamente para a imensidão. A imensidão do mundo, da quantidade de pessoas em risco, a profunda imensidão da pobreza, a imensidão da doença, da injustiça, e sobre todas as coisas, do que é amargamente injustificável. E todos os dias, o combate à imensidão tem início com e nas pequenas coisas. Na transformação de uma única vida, no esclarecimento de uma curiosidade, na colmatação das necessidades básicas de apenas algumas centenas de pessoas. No universo das pequenas coisas não pretendemos anular a imensidão, pretendemos sim, retirar-lhe terreno progressivamente."

Estas foram as palavras que me chegaram hoje da Helpo e que trazem na página seguinte um desenho de um barco a pescar ao largo da Ilha de Moçambique, num mar de fantasia a abarrotar de peixes e um menino que cresceu desde a última fotografia que vi, um menino de sorriso tímido e olhos brilhantes do tamanho de um mundo que ele desconhece. Um menino lindo, que tem em si silêncios que eu jamais poderei  entender...

É nesse mundo em que a cada dia a imensidão da pobreza e da precariedade perde terreno progressivamente que eu quero viver... e não há meio...

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