terça-feira, 23 de dezembro de 2008

espirito natalício, ou a falta dele

Velho gordo, este ano a minha árvore não pisca, os meus arranjos estão por fazer, os presentes foram reduzidos. Este ano, bem que podias existir e levar o Natal pra longe. Para todos os que o querem, que não é claramente o meu caso.
Estou cansada sabes? Quero dormir. Quero que não me fodam os cornos. Quero paz. Quero ficar quieta. NÃO quero Natal. Será pedir-te muito?
Mas pronto eu sou uma pessoa razoável, sei como as coisas funcionam. Fazemos uma barganha, eu vou para casa dos meus pais. Eu como o perú. Eu empanturro-me em mais e mais comida ao longo do serão para me esquecer que queria mesmo era uma merda de um cigarro. Eu fico à lareira. Eu espero a meia noite. Eu de vez em quando até vou fazendo as minhas piadolas. Eu prometo que vou gostar das prendas, ou pelo menos, prometo que finjo. Eu prometo que desejo as boas festas, desejo mesmo, que sejam felizes e que me deixem em paz. Mas porra, faz-me lá o jeito de a coisa passar rapidinho.
Tu sabes que eu não te peço nada, deixa ver, assim desde... sempre!!! Que eu nunca tive o hábito de falar com gente que não existe. Para tu veres o grau do meu desespero este ano!

sábado, 26 de janeiro de 2008

aqui

Tinha que ser aqui! Neste aqui, na casa velha. Afinal, mudei-me, mas não a vendi. Ela ainda é nossa.
Cheguei cedo. Ok, ok, cheguei a meio da manhã é verdade, confesso aqui que fiquei a dormir um pouco, mas tu sabes, se eu não estiver rabugenta trabalho melhor. Limpei o pó, enchi o frigorifico e imagina pus-me a cozinhar, vê o que eu faço por ti! Fiz os doces, o bolo de chocolate e a salada de frutas. Preparei o gelo e as bebidas e fui para o jardim, os dias têm sido de sol, achei que gostarias de ver montado o nosso baloiço.
Demorei um pouco, perdi-me de vez em quando em memórias, nossas, e quando percebi já estava tarde, na hora de chegares... e eu... atrasada, mas com um sorriso para te receber.
Espero-te aqui, a ti e aos nossos amigos, aos teus amigos, aos que se queiram juntar a nós. Será uma festa simples, que espero cheia de risos, de copos, de conversas, de memórias.
...
Mas desculpa, não vou escrever-te nada de especial, não te vou dizer vezes sem conta o que já sabes, não te vou repetir as mesmas palavras que tantas e tantas vezes já te disse, essas vivem por aqui, por aqui e por aqui... elas já estão presentes, vivem num sussurro quando o dia não foi o melhor e há noite as recordamos, vivem naquele calor bom que chega nos dias gelados, vivem na brisa suave das noites de verão, vivem em nós! Alimentam-se das asneiras, dos devaneios, das gargalhadas e das lágrimas que vamos partilhando. Portanto... limito-me a isto:

Parabéns primota!