sábado, 30 de maio de 2009

banco de jardim

Não fui uma menina corajosa. Não mesmo! Talvez por isso, hoje, sempre que posso, levo tudo pela frente com a fúria das tempestades que chegam fora de tempo.
É certo que também eu vivi um primeiro amor, também eu tive o meu banco de jardim, e nele o meu primeiro beijo... mas sempre fui eu, nos meus amores o elo mais fraco. Quem ao cair da tarde não tinha coragem para chegar a aparecer... sempre fui eu a desertora. Mas isso quase todos vocês já sabem, quero hoje falar-vos de um dia, um sem exemplo em que me armei de coragem e sem vergonha de corar e não faltei nesse banco de jardim. Eu era uma menina tonta e ele um menino que gostava de fingir que era crescido. Dois tolos apaixonados. Duas crianças a descobrir o mundo. E naquele dia, naquela noite de verão, naquele banco de jardim, troquei o meu primeiro beijo. Era o homem da minha vida achava eu, sem fazer a menor ideia do que qualquer uma das palavras queria dizer. Foi um amor sofrido, cheio de lágrimas e ausências e juras de amor. Foi um amor perfeito, catastrófico, que sempre me deixava sem fôlego, como devem ser todos os primeiros amores. E um dia, sem que desse por isso esse amor esfumou-se no ar e deixou-me um sorriso agrafado à memória.
E vocês? Tiveram nos vossos amores um velho banco de jardim, com corações gravados a canivete?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

maternidade II

Eu estou como as novas mamãs em que parece que o mundo à volta simplesmente parou e tudo se resume ao arroto, ao cocó na fralda e às supostas gracinhas que apenas os seus olhos de mães conseguem detectar. Eu estou a modos que a viver isso numa diferente escala de maternidade, uma em que não dei à luz e a minha filhota tem quatro patas e um lindo pêlo, mas que desde que entrou na minha vida a virou um bocadinho do avesso.
Ela é linda, ela é traquinas, ela é um pouco desajeitada ainda, ela é carente, ela é um amor, ela é um bocadinho chata e segundo descobrimos hoje, ela não pára de mexer no olhito em que tinha uma conjuntivite e não melhorava... resultado, ela agora é uma gata charmosa com acessório... têm um colar.
A vontade que tive enquanto a Veterinária lho colocava foi de a meter debaixo do braço e sair a correr. Ela está triste e eu também. Ainda não sabe andar bem com o colar, não consegue comer nem beber sozinha e tem medicação de 8 em 8 horas. Não têm fraldas é certo, mas isso não quer dizer que não precise (principalmente agora) de ajuda no caixote... enfim, temos pela frente 10 dias diferentes em que vou fazer o enorme esforço de não a mimar demais, de não chorar com ela cada vez que metermos a pomada em cima do olhito e de não ceder à tentação de a tirar do tormento que é o colar.
Desculpem, mas isto da maternidade dá muito trabalho, dá muitas preocupações e não nos deixa pensar em muito mais...


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Michéle

Chegou, linda e maravilhosa, mas eu sou suspeita, por isso deixo-vos dizer de vossa justiça. Aqui está ela, a bichaninha mais charmosa das bichaninhas! Michéle a princesinha cá de casa.



quarta-feira, 13 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

maternidade

Estou a começar a ficar um bocadinho farta da porra da conversa: "Ah e tal, ainda não comem sozinhos."
Mas que merda, que raio é assim tão complicado? Têm a boca cheia de dentes só precisam de a saber abrir e fechar umas quantas vezes e depois engolir, não vejo dificuldade nenhuma!

Esta coisa da maternidade ainda nem começou e já me está a deixar os cabelos em pé. Eu vou dizer devagarinho a ver se a gente se entende.

E-U Q-U-E-R-O O M-E-U G-A-T-O J-Á!!!!!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

um bocadinho, mas não de todo!

Este inicio de ano tem sido uma loucura emocional, é como se a pressão a que estive exposta durante anos a sentisse apenas agora de forma esmagadora... não é que não esteja feliz, tenho a minha casa nova, que aqui entre nós é linda, e dentro de dias chega o meu filhote de 4 patas que eu sei, vai ser o gato mais charmoso do mundo, mas cá dentro, naquele lugar que muitas vezes não ouso dar voz, sinto-me inútil. Fútil. Dispensável. Burra. Literalmente burra. Outro dia, dei por mim a entrar na página do meu banco e a não saber navegar nela. Acho que foram apenas uns segundos em que me senti perdida, mas foi o suficiente...
Não, não escrevi um post para me lamuriar e me dizerem que não é verdade, que sou um génio, nada disso. Hoje, alguém sem saber, ou quem sabe a saber, disse-me “funciona”, mas o que eu ouvi foi algo do género “não és a máiore, mas não és ainda um caso perdido”... por isso, acima de tudo por isso, obrigada!
E por isso hoje sinto sinceramente, que ando parva é certo... mas não estou e recuso-me a ser irremediavelmente estúpida!