segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

cinco manias

Respondendo ao desafio da Orquídea, confesso aqui cinco manias, apenas cinco entre a muitas que tenho.

- O momento em que acerto o despertador do telemóvel é sagrado. Ninguém me fale, ninguém me chame, ninguém me ligue, se não quiser conhecer a minha fúria em primeira mão. Viro bicho.

- O três. Paixão, obsessão ou mania... não sei, mas sou fascinada pelo número três. E ao olhar para o relógio do PC agora, são 3 horas, certinhas.

- Começo sempre por calçar a bota direita e nunca uso sapatos.

- Coloco sempre o cinto de segurança, até quando só vou desviar o carro dentro do meu próprio quintal.

- Nunca uso relógio e os dois que existem cá em casa estão parados, mas expostos.

O desafio é vosso, quem queira, faça o favor! ;)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Está reaberto o confessionário

Tenho andado louca!
Este meu inicio de ano está a ser rico, riquíssimo em emoções, uma montanha russa de tal ordem, que sinto vontade de voltar aqui, a este espaço que acompanhou e de alguma forma provocou um ponto de viragem na minha vida. Volto a ter vontade de me confessar, uns dias impotente e outros heroína de uma história só minha. Volto a querer falar desta sinusóide louca em que tanto sigo numa ascensão desmedida como logo em seguida sinto a falta de chão, a queda vertiginosa para um ponto negro que desconheço. O fundo do buraco e a subida que apenas acontece pelo impulso dos pés nus no lodo frio.

À passagem de ano medonha, com uma febre que já nem recordo quando tinha atingido pela última vez, sucedeu a paixão, a descoberta da casa que procurava há dois anos. A que não sabia como era, mas tinha a certeza que a reconheceria no primeiro olhar. Veio a euforia, o milagre que considerava impossível, a sucessão de bons resultados profissionais, não apenas pessoais, mas da equipa. Vieram os bancos, as negociações, os projectos e depois... sem que o pudesse prever veio a queda. Percebi que afinal os resultados positivos eram apenas o último folgo do moribundo. Veio o desemprego, a mudança inevitável e não a desejada, veio a perda em catadupa, a incerteza.
Mas não parou por aí, não podia parar, não posso parar. Como dizem os Brasileiros, sem tempo a perder a lamber as feridas ou a lamentar-me, desesperei, mas corri atrás do prejuízo, desencantei de um bolso esquecido aquela estrelinha da sorte que dizem que os vencedores têm, e eu não sendo uma vencedora, sou certamente uma guerreira.
Depois do dia em que tudo no universo parecia conspirar a meu favor, veio o dia das lágrimas, da perda do meu Joãozito... meu amigo de penas, meu filhote, meu confidente, meu fiel companheiro. Veio comigo para esta casa e por cá ficou sempre, enquanto as pessoas entravam e saiam da minha vida. Morreu velhinho, cansado, depois e apenas depois de ter a certeza que eu ia seguir o meu caminho noutro local, entre outras paredes... pode parecer-vos ridículo, mas afirmo sem a menor vergonha que este canário será inesquecível, muito mais que algumas pessoas que se cruzaram e cruzarão comigo.
“Até sempre João... tu sabes, foste, mas ficaste para sempre num espacinho só teu no meu coração!”

E hoje, com a cabeça a fervilhar de ideias e expectativas, venho confessar-vos que estou confiante neste futuro incerto que se me avizinha, venho dizer-vos que esta crise, pessoal, nacional, mundial ou seja lá ela da dimensão que for, não levará a melhor. Venho dizer-vos, não que estou de volta, porque na verdade nunca parti, mas que esta voltará a ser a minha casa, a primeira e principal enquanto fizer sentido para mim e que hoje o faz.
Repito-vos praticamente o que vos disse no primeiro dia... noutro tempo que quase me parece outra vida.

Está reaberto o confessionário!

E é assim que aos dezoito dias do mês de Fevereiro do ano dois mil e nove, é reaberto este espaço, mais um entre tantos.
Terá de especial o facto de ser meu, o que por si só lhe dá uma grande vantagem sobre todos os outros.
Como irei cativar leitores? Pois bem, isso será fácil. Sou uma Mulher de números e o que sei de informática resume-se a isso mesmo, números, os nove dígitos do número de telefone do Bernardo e agora também do Cd!

Sem dúvida este será um espaço de qualidade...
Além dos incontestáveis motivos de interesse que enumerei anteriormente será aqui que confessarei os meus medos, os meus muitos amores, os meus humores, os meus delírios a roçar a loucura... lutarei contra fantasmas e demónios e procurarei encontrar-me!
Sei que serei inconstante, complicada, egoísta, insensata, sonhadora, apaixonada e acima de tudo sincera!
Aos que me visitarem... sejam bem vindos, bebam um copo, sintam-se em casa e voltem... se quiserem...
Prometo que será eterno enquanto fizer sentido.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

segunda

Quero uma segunda-feira. Uma...
Uma qualquer, uma que seja fresca, fria, longa. Pode ser chuvosa, pode ter vento. Quero-a destemperada, temperamental. Quero uma segunda-feira, uma...
Uma que eu recorde, quer ela venha na terça, na quarta, na quinta ou na sexta. Quero-a segunda-feira na essência, no esplendor de começar de novo. Quero uma segunda-feira, uma...
Uma que me faça acordar cedo, reclamar do transito, dizer palavrões. Quero uma segunda-feira que me desafie, que ameace vencer-me e perca, para mim, quando a noite se anunciar.
Cansa-me esta fúria pelo fim de semana. Cansa-me este sábado. Cansa-me esta felicidade alheia. Abomino os passeios tristes de domingo. Os risos. Os carros. O mar.
Quero uma segunda-feira! Uma que seja nublada, cinzenta... com um sol brilhante que apenas eu conseguirei ver.
Quero uma segunda-feira, uma...
... que me ensine a amar o sábado!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

e agora,

sem surpresa deixo-te no que falta apenas um pouco do que tenho... um pedaço mais de mim...