Hoje, porque me apetece confessar, ou talvez apenas por sentir saudades, resolvi voltar a esta casa. Não a reabri, apenas entro e olhos as paredes cheias de quadros e de pó. Debaixo do braço, trago um outro, que colocarei hoje, pequenino, de moldura barata.
Foi quase há um ano que dei vida a este espaço. Nele deixei uma parte de mim, armazenada, e desde aí muito mudou. Aliás tudo mudou!
As verdades não deixaram de o ser, apenas tomaram outra proporção. Das lágrimas ficaram as marcas cravadas no rosto, cavadas na pele, mas são hoje um rio de leito seco. Optei por não fazer a plástica que ocultaria a sua passagem, aprendi a amar as marcas. Aprendi a respeitar o meu tempo, que pode ser lento, mas é o meu.
Nesta casa, conheci gente fantástica. Gente que num passe de mágica passou a fazer parte da minha vida. Nesta casa aprendi a ver sem olhar, a sentir sem medo, a arriscar... nesta casa gritei quem sou, confessei quem fui... nesta casa fui eu, sem medo, sem máscara nem teatro... nesta casa fui feliz!
Hoje venho aqui, sem fazer barulho, agradecer. E desculpem lá, mas venho agradecer principalmente a mim, porque sou eu, que continuo a cada pontapé no rabo a usá-lo como forma de me aliviar a marcha, as pernas cansadas. Sou eu que canalizo essa energia para me ajudar a seguir. Sou eu que quando arraso os joelhos é apenas para aliviar as bolhas dos pés... sou eu que não vou desistir de mim. És tu, a quem também agradeço, que me sorri e garante que confia nas minhas pernas...
Obrigada, confesso aqui... sem me ter a mim, que me resgatei neste espaço, sem ti, que aqui encontrei, hoje seria mais difícil a caminhada, sei que a faria como fiz outras, mas também sei, que ela se revelaria bem mais agreste.
Foi quase há um ano que dei vida a este espaço. Nele deixei uma parte de mim, armazenada, e desde aí muito mudou. Aliás tudo mudou!
As verdades não deixaram de o ser, apenas tomaram outra proporção. Das lágrimas ficaram as marcas cravadas no rosto, cavadas na pele, mas são hoje um rio de leito seco. Optei por não fazer a plástica que ocultaria a sua passagem, aprendi a amar as marcas. Aprendi a respeitar o meu tempo, que pode ser lento, mas é o meu.
Nesta casa, conheci gente fantástica. Gente que num passe de mágica passou a fazer parte da minha vida. Nesta casa aprendi a ver sem olhar, a sentir sem medo, a arriscar... nesta casa gritei quem sou, confessei quem fui... nesta casa fui eu, sem medo, sem máscara nem teatro... nesta casa fui feliz!
Hoje venho aqui, sem fazer barulho, agradecer. E desculpem lá, mas venho agradecer principalmente a mim, porque sou eu, que continuo a cada pontapé no rabo a usá-lo como forma de me aliviar a marcha, as pernas cansadas. Sou eu que canalizo essa energia para me ajudar a seguir. Sou eu que quando arraso os joelhos é apenas para aliviar as bolhas dos pés... sou eu que não vou desistir de mim. És tu, a quem também agradeço, que me sorri e garante que confia nas minhas pernas...
Obrigada, confesso aqui... sem me ter a mim, que me resgatei neste espaço, sem ti, que aqui encontrei, hoje seria mais difícil a caminhada, sei que a faria como fiz outras, mas também sei, que ela se revelaria bem mais agreste.
Agarro o martelo, espeto o prego e deixo o quadro... nele fica apenas este rabisco torto e preparo-me para ir... um dia destes talvez volte cá!
15 comentários:
Perguntas-te-me se aqui ainda viria muita gente, não te sei dizer se vêm... eu de tempos a tempos tb passo por aqui... há muito que não "vasculho" os quadros destas paredes, por um lado porque ainda me lembro (acho)... e acho que lembrar o passado com demasiada clareza prejudica ve-lo claramente... (esta ainda estou a ver se eu próprio percebo)
Gostei de te recordar, sim que este espaço "és tu", noutros também, mas aqui é mais evidente... estás mais exposta... como os quadros, sejam com mulduras baratas ou não, é a "imagem" que "conta..."
:)
Eu perguntei foi se ainda aqui viria alguém, porque muita gente é obvio que não! :P
Também gostei de me recordar, de me dar um pouco a este espaço, de te recordar um pouco, porque vens deste espaço.
Esta ainda é a minha casa... apesar de ter outra... ou outras... ;)
Esta ainda "conta..." muito de/para mim!
Foi um prazer receber-te... desculpa o pó!
Beijos.
Obrigada a ti, por seres a pessoa que es, obrigada por lutares, obrigada por dizeres que não tantas vezes, mesmo quando só apetecia ouvir um sim por ser mais facil. Foi neste espaço que conheci a Marta e a pessoa que se esconde por tras dela, foi aqui que ri, chorei e emocionei contigo, foi aqui que encontrei uma amiga daquelas que ficam e perduram.
Se vem aqui muita gente? Não sei, apenas sei que de quando em quando ainda passo por aqui, passo para te recordar, para recordar momentos, para recordar aventuras... Gosto de ver os quadros, e todos os objectos que ficaram por cá...
Beijos
Primota,
:) Muita gente eu sei que não vem, mas sei que que eu sempre volto, umas vezes demoro mais outras menos, mas sempre volto, sei que tu ou o "Jerónimo" tb voltam.
Este espaço é tão especial que até me aumentou a familia! ;)
Adoro receber-te, mesmo com este pó!
Beijos!!!
Cátia,
Obrigada a ti! ;)
O valor de uma tela observa.se (também) pela riqueza da moldura.
Este quadro com certeza não tem as cores mais vivas, não tem os tons mais alegres... mas tem a tua marca... a tua assinatura por debaixo da pintura. Cada palavra deglutida como se fosse a ultima.
E a moldura já com um ano continua tão nova como no inicio. E eu também gosto de a olhar de vez em quando... mesmo que passados 6 dias após a ultima pintura... ou não estaria agora aqui a agradecer.te a linda paisagem (mesmo que com algumas cores mais cinzentas e negras, mas eu gosto do negro) que decoraste =)
beijinhos!!
Ana,
Este é um quadro com história, de tons cinza, mas com alguma... muita luz!
Um quadro nosso.
Mas há outros quadros, mais "aquis", mais recentes! ;)
Beijoca.
Martinha..voltei para ter notícias tuas..recordo perfeitamente, uma noite de inverno que cruzei com as tuas palavras..
jinhos e sê feliz...
(luna, menina mulher , borboleta..)
Também não te esqueci ...adorei ler as tuas palavras e acredita que elas foram importantes;) jinhos
Luna,
Gosto de te rever. Não pensei que voltasse a encontrar-te, por isso, qd fechei o confesso, em junho, despedi-me de ti com um "até sempre". Gostei muito da surpresa de te ver chegar hoje.
Apesar desta casa onde me conheceste estar encerrada, eu continuo por outros "aquis", já sabes onde.
Beijinhos!
Ola Marta,
Passei por aqui num acesso de saudades tuas...,
procurando recordar alguem importante para mim, nesta minha segunda Vida..., neste mundo virtual...
Gostei muito de te conhecer, de te ler, de te reler...
Espero que estejas bem, onde estiveres..
E fico feliz por saber e sentir, que consegues viajar tranquilamente até ao Passado, recordando-o com ternura...
Um Feliz Natal um Bom Ano Novo,
Um Beijo
w.
Primota,
Hoje, ao ver este quadro, não podia deixar de te comentar... Faz hoje um ano, que o Confesso nasceu!! Foi através dele que nos conhecemos, que nos fomos descobrindo, que aprendemos a gostar... Por aqui vivemos mil aventuras, mil estórias e historias contadas...
Parabéns querida, e obrigada por seres como e quem és.
Beijinho grande e um abraço especial
Wolfhunter,
Gostei de te rever. Obrigada pela visita, pelas palavras. Também foste uma das agradáveis surpresas que encontrei nesta vida virtual.
Eu estou bem sim, estou em paz e ando por aqui.
Espero que estejas bem, nesta tua segunda vida e principalmente na primeira!
Um Feliz Natal e um Ano Novo excelente!
Beijos!
Primota,
OBRIGADA!
Por teres cá vindo um dia, por teres ficado, por teres continuado comigo, depois da saída desta casa!
Obrigada por voltares cá, apesar do pó!
Beijo e aquele abraço!
volta sempre ao sitio onde já foste feliz!
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