Não fui uma menina corajosa. Não mesmo! Talvez por isso, hoje, sempre que posso, levo tudo pela frente com a fúria das tempestades que chegam fora de tempo.
É certo que também eu vivi um primeiro amor, também eu tive o meu banco de jardim, e nele o meu primeiro beijo... mas sempre fui eu, nos meus amores o elo mais fraco. Quem ao cair da tarde não tinha coragem para chegar a aparecer... sempre fui eu a desertora. Mas isso quase todos vocês já sabem, quero hoje falar-vos de um dia, um sem exemplo em que me armei de coragem e sem vergonha de corar e não faltei nesse banco de jardim. Eu era uma menina tonta e ele um menino que gostava de fingir que era crescido. Dois tolos apaixonados. Duas crianças a descobrir o mundo. E naquele dia, naquela noite de verão, naquele banco de jardim, troquei o meu primeiro beijo. Era o homem da minha vida achava eu, sem fazer a menor ideia do que qualquer uma das palavras queria dizer. Foi um amor sofrido, cheio de lágrimas e ausências e juras de amor. Foi um amor perfeito, catastrófico, que sempre me deixava sem fôlego, como devem ser todos os primeiros amores. E um dia, sem que desse por isso esse amor esfumou-se no ar e deixou-me um sorriso agrafado à memória.
E vocês? Tiveram nos vossos amores um velho banco de jardim, com corações gravados a canivete?
É certo que também eu vivi um primeiro amor, também eu tive o meu banco de jardim, e nele o meu primeiro beijo... mas sempre fui eu, nos meus amores o elo mais fraco. Quem ao cair da tarde não tinha coragem para chegar a aparecer... sempre fui eu a desertora. Mas isso quase todos vocês já sabem, quero hoje falar-vos de um dia, um sem exemplo em que me armei de coragem e sem vergonha de corar e não faltei nesse banco de jardim. Eu era uma menina tonta e ele um menino que gostava de fingir que era crescido. Dois tolos apaixonados. Duas crianças a descobrir o mundo. E naquele dia, naquela noite de verão, naquele banco de jardim, troquei o meu primeiro beijo. Era o homem da minha vida achava eu, sem fazer a menor ideia do que qualquer uma das palavras queria dizer. Foi um amor sofrido, cheio de lágrimas e ausências e juras de amor. Foi um amor perfeito, catastrófico, que sempre me deixava sem fôlego, como devem ser todos os primeiros amores. E um dia, sem que desse por isso esse amor esfumou-se no ar e deixou-me um sorriso agrafado à memória.
E vocês? Tiveram nos vossos amores um velho banco de jardim, com corações gravados a canivete?