Estava eu na fila dos correios quando me entram olhos adentro umas letroncas garrafais com um esplendoroso “Márcio”. A coisa não tinha menos de 150mm e contando com os arabescos que tinha em volta, à laia de seta, aquele enorme borrão azul ocupava um quarto das costas da rapariga.
Juro que não percebo esta necessidade de andar marcado. Obviamente que não foi a primeira vez que vi tamanho gesto de amor, embora deva confessar que foi talvez o que evidenciou maior toque de requinte. Mas voltando um pouco atrás, falei de amor, pois para tal grandeza de gesto, das duas três, ou foi obrigada, ou estava bêbada ou é amor, que parece que é desculpa para qualquer barbaridade que se cometa.
“Ai gosto tanto dela, e nem sequer é por ser bonita, aliás outro dia para lho provar até lhe dei uns tabefes a ver se a desfigurava, mas claro, sempre com muito amor.”
Voltando à rapariga encalorada, de costas ao léu e borrão à mostra (falei-vos do belo chinelo pláscu? Não? Tsss... fica para a próxima), deixou-me nostálgica. Lembrou-me a minha infância e em particular um vizinho que tinha um rebanho de ovelhas e lhes marcava as suas iniciais no lombo com um ferro em brasa. Se um dos bichos tresmalhasse sabia-se logo a quem pertencia e garantidamente (ou quase, não fosse dar-se o caso do feliz que a encontrasse ter o mesmo nome ou lhe arrancar a pele) era enviada de volta.
Nestes tempos modernos também é assim com os amores, desfiguram-se os rabos, as costas e os pescoços, para não falar de outras partes que me fariam agora corar, e é amor para toda a vida...
... cada vez aprecio mais o Inverno!
Juro que não percebo esta necessidade de andar marcado. Obviamente que não foi a primeira vez que vi tamanho gesto de amor, embora deva confessar que foi talvez o que evidenciou maior toque de requinte. Mas voltando um pouco atrás, falei de amor, pois para tal grandeza de gesto, das duas três, ou foi obrigada, ou estava bêbada ou é amor, que parece que é desculpa para qualquer barbaridade que se cometa.
“Ai gosto tanto dela, e nem sequer é por ser bonita, aliás outro dia para lho provar até lhe dei uns tabefes a ver se a desfigurava, mas claro, sempre com muito amor.”
Voltando à rapariga encalorada, de costas ao léu e borrão à mostra (falei-vos do belo chinelo pláscu? Não? Tsss... fica para a próxima), deixou-me nostálgica. Lembrou-me a minha infância e em particular um vizinho que tinha um rebanho de ovelhas e lhes marcava as suas iniciais no lombo com um ferro em brasa. Se um dos bichos tresmalhasse sabia-se logo a quem pertencia e garantidamente (ou quase, não fosse dar-se o caso do feliz que a encontrasse ter o mesmo nome ou lhe arrancar a pele) era enviada de volta.
Nestes tempos modernos também é assim com os amores, desfiguram-se os rabos, as costas e os pescoços, para não falar de outras partes que me fariam agora corar, e é amor para toda a vida...
... cada vez aprecio mais o Inverno!
5 comentários:
llllllllloooooolllllllllll. Pessoalmente mete-me impressão qualquer marca na pele. Marcar a pele por amor parece-me coisa louca, e amor não será, mas paixão. Sabemos que esse estado febril tira-nos o juízo por completo. :P
Beijinhos (dose dupla? Isto está a animar!!!)
"(dose dupla? Isto está a animar!!!)" - É por amor! :P
Confesso que já me fazia uma certa confusão a porra das anilhas, agora as marcas a ferro quente no lombo deixam-me doente!
Que venha delá o natal e a caridadezinha da treta, que isto das banhas penduradas debaixo dos tops, os esqueleos ambulantes e outros desastres do género já me estão a enjoar!
Beijoca menina Cris!
A mim fazem-me confusão qualquer tipo de tatuagens, mas essa de colocar o nome por amor é de loucos, até porque o amor acaba a tatuagem é para sempre....
Belo post.
Jorge
LOL!
Ai Martxinha, já te falei no meu ex e na sua tatuagem no braço? Tatuagem essa que contém o nome da sua, também ela, EX! LOL
Pois é, para quem jurava amor eterno agora a desculpa dele é de transformar a tatuagem numa outra ou, em ultimo caso, comprar uma cadela e dar.lhe esse nome... enfim.
Beijinhooos!
Jorge,
Eu também não sou nada fã de tatuagens. Não consigo mesmo perceber como é que se gosta de ver qualquer coisa no corpo para sempre. Eu tenho uma camisola por duas épocas e já me canso dela, quanto mais... mas enfim... agora a porra dos nomes, para esses não encontro a minima justificação.
Obrigada.
Beijinho!
Ana,
LOLOLOLOLOLOL
Não falaste, mas olha que o exemplo é óptimo! Sabes, a saída da cadela parece-me bem, até porque quando lhe perguntarem: "Quem é a josefina?", ele pode sermpre responder: "É uma cadela!"... Só corre mal se quiser reatar com a EX! :P
Beijoca grande!
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