quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Os homens da minha vida

Pois bem comecemos por falar dos amores...

Há muitos, muitos anos, conheci o Vasco. Partilhei com ele o meu primeiro beijo, a primeira paixão, o primeiro amor e como seria de esperar o primeiro desgosto!
Vasco, foste o meu despertar, amei-te na ilusão da eternidade que todos os adolescentes possuem... depois crescemos...

O Pedro! Hoje não vou falar do Pedro, não me dói o suficiente... fica certamente para breve...

O Zé surgiu na minha vida montado no seu cavalo branco. Ao longe de onde o vi pareceu-me um príncipe. Não sei se o amei, não sei sequer se algum dia me apaixonei verdadeiramente por outra coisa que não fosse a ideia de me apaixonar por ele, mas por momentos distraiu-me do Pedro... e estivemos juntos... levei-o a casa, apresentei-lhe a família e fingi que era o tal. O problema era que o príncipe há muito virara sapo e por mais beijos que lhe desse isso não mudava nunca. Foi uma relação cheia de intermitências, começámos e acabámos tantas vezes, que quando nos afastámos definitivamente não tínhamos já nada, nem respeito, nem carinho, nem sequer mágoa. Não o lamento na minha vida e não vivo de consciência pesada porque simplesmente não lhe menti.

Psiu! Zé! Não resisto a confessar-te, foste se não a melhor a segunda melhor queca... thanks!

O Luís... Ah! Que saudades tenho eu dos meus tempos de estudante! O Luís foi um jogo de sacanas... teríamos sido perfeitos, nenhum de nós valia nada! Nunca chegou a ser... e ainda assim rimo-nos tanto! Coloco-o na lista porque o trofeu de melhor jogador ainda lhe pertence.
Luís, que é feito de ti homem?

O João surgiu na minha vida como mais uma partida dum jogo qualquer... mas cedo percebi que ele não era um jogador!
Estivemos juntos pouco mais de um mês. Chamava-lhe amizade colorida e ele odiava a expressão. Vivi com ele a minha melhor semana académica, partilhámos momentos especiais de um carinho enorme e quando dei por mim estava apaixonada! Éramos tão diferentes que me senti de alguma forma completa. Lembro-me de um momento simples em que me sentou no seu colo e eu o “vi” pela primeira vez... pouco depois dei por mim a chamar-lhe amor e foi o principio do fim, o pânico total. Senti-me perdida, sem o controle da situação e fiz o que de melhor sei fazer... desertei...
Lamento tanto... queria ter tido coragem de viver, mas tive tanto medo.
O grande erro dele foi fazer-me feliz!
Só lhe contei que o amei anos depois de nos separarmos. Fi-lo não numa tentativa de reconciliação, mas sim porque ele merecia saber, ainda que tarde e porque eu já tenho demasiado a sufocar-me!
Sabes, se eu não fosse uma cobarde teria lutado por ti, por mim, por nós... confesso que ainda te amo... duma forma quase fraternal mas ainda te amo. Obrigada João, obrigada por me teres presenteado com a tua presença na minha vida. Fizeste de mim uma pessoa melhor.
(continua)

1 comentário:

Xanusca disse...

:) adorei