Ir ou ficar?
Sempre tive esta duvida, sempre soube que só estaria bem onde não estou... de preferência onde sei que não posso ir!
Cheguei aos 30 com muito mais duvidas que certezas. Com uma ansiedade esgotante. Com pressa de chegar apenas para poder voltar a partir!
Estou farta deste quero não quero, deste vou ali porque gosto, e chegada lá, quero ir para onde estava porque é lá que estou bem... afinal quando é que eu estou bem? Quando é que os meus demónios vão hibernar? Já nem peço que morram... quero só que hibernem.
Deixem-me um pouco... tenho-os tratado tão bem, satisfaço cada um dos vossos caprichos... não poderão satisfazer este meu simples desejo? Peço pouco, apenas uns meses... preciso recuperar-me... não vos servirei de nada caída por terra...
Hoje quero ir... ir já, agora, neste instante. Por aqui sinto-me apavorada. Quero lá saber dos campos, das flores, do trigo... é inverno as flores afogaram-se... e este espaço todo sufoca-me!
Quando for, sei que vou querer regressar, vou sonhar com a casa de sempre, lá bem no alto, perto do céu, com vista para o infinito... mas hoje não, quero lá saber qual a vista da casa, construi-a sem janelas e fechei-me lá dentro...
Hoje queria um carinho, um sussurro...
Sempre tive esta duvida, sempre soube que só estaria bem onde não estou... de preferência onde sei que não posso ir!
Cheguei aos 30 com muito mais duvidas que certezas. Com uma ansiedade esgotante. Com pressa de chegar apenas para poder voltar a partir!
Estou farta deste quero não quero, deste vou ali porque gosto, e chegada lá, quero ir para onde estava porque é lá que estou bem... afinal quando é que eu estou bem? Quando é que os meus demónios vão hibernar? Já nem peço que morram... quero só que hibernem.
Deixem-me um pouco... tenho-os tratado tão bem, satisfaço cada um dos vossos caprichos... não poderão satisfazer este meu simples desejo? Peço pouco, apenas uns meses... preciso recuperar-me... não vos servirei de nada caída por terra...
Hoje quero ir... ir já, agora, neste instante. Por aqui sinto-me apavorada. Quero lá saber dos campos, das flores, do trigo... é inverno as flores afogaram-se... e este espaço todo sufoca-me!
Quando for, sei que vou querer regressar, vou sonhar com a casa de sempre, lá bem no alto, perto do céu, com vista para o infinito... mas hoje não, quero lá saber qual a vista da casa, construi-a sem janelas e fechei-me lá dentro...
Hoje queria um carinho, um sussurro...
15 comentários:
Não sei porque mas fazes-me rir...
Revejo-me nessa ansiedade. Por vezes estou a fazer uma coisa e a meio já estou a tentar fazer a próxima, só para exemplificar, quando chego do gym, estou faminto, começo o ritual de desfazer o saco para deixar a roupa a evaporar o suor. Arrumar as compras do dia se necessitei de algumas, e meio, vou ligar o PC, vou preparando o jantar. Como com pressa, arrumo ou não a louça. Sim lavo-a, são uns segundo, calma....lol
E lá vou eu sempre a acelerar tudo... para quê? Para me sentar a no computador sem nada fazer, a falar ou escrever... Calma tenho tempo :) Com o tempo e tentando contrariar essa ansiedade, consegues mudar, mas tens de mudar e querer que assim seja. Não é fácil, pois eu entendo isso mt bem. Sabes o que eu acho, é dependencia, carência e falta de mimos. Pois quando os tens não tens pressa para nada pois não? Somos seres sensíveis e carentes daí sermos mais ansiosos, sempre à procura de tudo e de nada. Tenta acalmar e apreciar o que vais gostando. Eu quando vou para a terra, já estou a pensar voltar, hoje em dia já não fico mais de uma noite, fujo logo...
bjs
Oi martinha...sempre procurei ser coerente..e quase sempre o fui..muitas vezes, me perguntei, partir ou ficar? e quase sempre parti..mas hoje enquanto estava debaixo de água..perguntei-me, será que devo morrer na praia, por uma questão de coerência..por uma questão de orgulho..por uma questão de racionalidade..
jinhos...
Eu gosto de ter duvidas, porque as duvidas significam que aprendi, que sei. Pois, às vezes fica-se na duvida sobre o que se sabe... mas enfim (isto deve ter a ver com o facto de ter acabado de sair de um exame, ou talvez não).
Incoerência porquê, acho que é mais o que diz o esteril... carência
de acordo com o esteril!
precisas de paz e precisas de companhia, não prefiras gostar de viver sozinha...!
bjs
Esse é o principal problema da nossa sociedade de hoje, a incerteza, a insatisfação o não saber onde ir nem o que se quer...deixo-te apenas um beijinho e um abracinho para compensar essa tua falta de carinho minha querida.
Beijinho enorme
FF
gostavas que esses idiotas desses demonios desaparecessem ou hibernassem, juro que gostava. keria que eles deixassem de ter aborrecer, tal como gstava que isso tb aconbtecesse cmg.. ora bolas! um beijinho gde marta e força
Esteril, Borboleta, Cdesag, Fontez, FF,
Em primeiro lugar quero dar as boas vindas à FF.
Agora para os outros, como sabem é sempre um prazer receber-vos...
Respondo-vos em conjunto, porque me parece que todos fizeram a mesma interpretação do meu desabafo de ontem.
Começo por dizer que sou naturalmente desequilibrada, portanto isto dá-me por cinco minutos, mas depressa passa. (Hoje estou óptima!) Não falava de solidão, falava de gente a mais, não tenho estado sozinha. Sinto é falta do meu espaço, da minha casa, das minhas coisas, de estar só comigo... a questão do partir ou ficar coloca-se, porque tenho pensado em regressar ao alentejo, tenho pensado em construir casa por aqui, tenho o espaço ideal para o fazer e mil plantas na minha cabeça, ficaria próxima dos meus pais e arriscaria um trabalho novo e mais criativo, para o qual precisaria desta paz ou pasmaceira, como quiserem :)!
O que aconteceu ontem, foi que me confrontei com velhos demónios, que vivem aqui. Pergunto-me se arriscar em vir para cá não será uma forma de enlouquecer de vez, já fugi daqui uma vez, talvez voltar seja a pior asneira da minha vida. Falei da minha insatisfação natural.
Eu tb gostos de muitas das minhas incertezas, como diz o cdesag, são sinal de aprendizagem e crescimento, mas tudo tem o seu limite.
Claro que por vezes me sinto só, carente, mas isso não implica que ande desesperada, desculpem a franqueza, mas quando quero alguém que me console, sei a quem ligar, por aí n há problema. Mas n é isso que quero agora... nem o meu último comentário era a isso q se referia. Referia-me um amigo... em particular!
Borboleta, a ti quero dizer-te que os meus maiores disparates, foram os que NÃO cometi, por medo, orgulho, cobardia, o “se” que nos fica na cabeça se não tentarmos é pior q qq rejeição ou orgulho ferido... força...
Olá cádis :)!
Eles vão ter que hibernar pq se n, ou eu os mato ou morro na luta :)
beijinho grande pra ti!
Pois é se pensas volta à pasmaceira e ao fim de uns dias já dai queres fugir, talvez seja mesmo um erro. Certo estou que vais voltar um dia, mas quando estiveres mais preparada para isso. Quanto à solidão que referia, tinha a ver com a ansiedade que por vezes sentes, é para mim sinal de uma constante ebolição interior, onde não há paz e dai dizer ser de solidão, pois quando se tem amor correspondido, e vivemos plenamente, essa ansiedade deixa de existir dessa forma. Claro que não é so tendo alguém que se está mais equilibrado, denpende si da tua auto-estima. Ainda bem que tens desiquilibrios, se fosses sempre certinha eras uma seca :)
bj
Minha querida marta:
Escreves lindamente!
Este texto é de uma imensa beleza, mas... deixaste-me um pouco apreensiva, preocupada até. Adivinho alguma tristeza em teu ser. Estarei certa?
Queria muito estar aí a teu lado e fechar-te num abraço meu.
Beijinho e fica bem!
sentires falta de estares só contigo é gostares da solidão...!
devias gostar de estar acompanhada...!
Esteril,
A questão do amor... talvez não o tenha encontrado, porque nunca ninguém me acalmou a ebulição interior. Por maior q fosse a paixão, ao fim de algum tempo sempre me cansei, sempre me enjoei... qd o toque se torna desagradável sei q é hora de partir... nem sempre parti por medo.
Quanto aos desequilíbrios, sem eles não seria eu... seria bem mais básica, bem menos interessante :).
bj
Lindona,
Adivinhas muito bem alguma tristeza, mas não é motivo de preocupação, ela é muito bem intervalada por momentos de felicidade extrema. Disse-o aqui antes e vou repetir hoje, com facilidade toco os céus e desço aos infernos e os meus extremos fazem parte de mim, do que sou... e o engraçado é q eu gosto :)
bj
Fontez,
Eu gosto da solidão sim, preciso de tempo só para mim. Mas o meu gosto pela solidão não me impede de ser sociável, tenho alguns bons amigos, que estão próximos, com quem passo bastante tempo, com quem me divirto, mas sei q terei um momento ao longo do dia em q estou só comigo, sei q na minha casa posso ouvir o meu silêncio... é disso q sinto falta. Sei que este meu lado me pode dificultar a vida no dia em q quiser partilhar o meu espaço com alguém, mas tb acredito q qd essa necessidade existir, estarei preparada para me dar!
bj
O segredo está em saber que existe e podes sempre lá voltar. E sentir sempre a sensação de querer lá estar. É um suplicio mas também um conforto.
beijos
Xanusca,
Sabes q mais? Estás certa. :)
bj
na minha opiniao...vc tenque viver a sua vida sem esses demônios ...q eles realmente se vao ...e que a sua vida mude conforme sua ecolha e vc tem ainda 30 anos e tem muita coisa a se aprender porque nunca é tarde para fazer oque deixou pra traz...e se um dia consseguir as respostas anteriores sempre vai ter uma dúvida guardada ...naum pensse que é a única...pois vc é apenas uma delas...e uma hora vc vai perceber que se todas as perguntas e respostas valecem mesmo apenas você naum seguiria nessa dúvida grande de desespero naum se aprofunde tanto porque a vida é uma alucinante aventura na qual jamais sairemos vivos...e naum se veja alucinada de mais para naum perceber que você é uma grande mulher e há muito a se conquistar ...e quandu agenti acha que sabe todas as respostas vem a vida e muda todas as perguntas ...e é por aí q vc vê que naum deve se preocupar com o não-importante...o inconveniente...o constante demais ... e divirtasse...pela vida maravilhosa que você tem e que ainda te aguarda para soluçoes e espectativas para você desafiar e consseguir vencer...e VIVA!
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