Encontrámo-nos duas vezes após aquela manhã, racionalmente sei que foi um erro, mas quando o via ficava desprovida de razão... No segundo encontro, dissemos adeus definitivamente, por muito que me custasse abandoná-lo, vê-lo naquela conjuntura era pior.
Os telefonemas anónimos começaram pouco depois, eu atendia e ouvia-lhe a respiração pesada, começou por ser ao fim da tarde, depois passou para a hora do jantar e daí naturalmente evolui-o para a madrugada, para o telefone desligado, para a raiva que aprendi a sentir por ele.
Uma tarde ao chegar a casa em Lisboa, disseram-me que tinha ligado o Pedro e que pedira a morada para me escrever. O medo apoderou-se de mim pela primeira vez, não os meus medos comuns, resultantes da insegurança e do egoísmo, aquele era um medo corporal, físico. Ele não queria escrever-me, queria caçar-me, queria que eu soubesse que ele estaria por perto no momento menos provável, queria-me atenta, assustada... e assim o fiz. Calei-me por vergonha e escondi-me por medo. Soube bastante mais tarde que num dia de loucura ele pedi-o o carro ao pai e lhe disse que me vinha matar. Não darei pormenores porque os desconheço, sei apenas que se realmente o quis fazer, alguma coisa ou alguém o travou! Deixo um obrigada a essa interferência, embora a honestidade com que escrevo estas palavras, me obrigue a confessar que em alguns momentos estive tão perdida que desejei que ele cumprisse a ameaça. Foram breves e raros delírios, mas aconteceram...
Antes do Verão a minha irmã ligou-me e contou que o Pedro estava no hospital, que os seus problemas com a asma se tinham complicado e que fora internado, mas que já estava melhor. Passei os dias seguintes sem saber se devia ou não ligar-lhe, vou corrigir, sem saber se tinha ou não coragem de lhe ligar. Tive. Liguei-lhe, já estava em casa, falámos um pouco, fingimos que nada se passara, ele disse que o médico que o acompanhou o estava a ajudar, eu percebi que ele estava melhor e isso bastou-me.
Durante as férias desse ano, numa tarde que parecia a repetição de tantas outras, o telefone tocou.
«Olá... Sou eu...»
O meu coração disparou, sabia noticias dele com regularidade, ainda que a nossa última conversa tivesse sido aquele telefonema, mas não esperava ouvi-lo.
«Gostava de te ver, queria pedir-te desculpa, se poderes vir visitar-me... tenho saudades tuas!»
Fui.
No dia seguinte ao entrar no hospital vi-o de imediato, tinha-se submetido a uma cirurgia no pé, andava pelos corredores numa cadeira de rodas, como se estivesse numa pista de carros de choque.
Tínhamos os dois 21 anos, estávamos magoados, amargos, sentia-me envelhecida, revoltada com a vida, tinha raiva dele e de mim por termos descido tão baixo. Mas naquele instante, quando os nossos olhares se cruzaram e ele abriu um sorriso, toda a raiva e mal estar que sentia se dissipou. Iludi-me por momentos, pensado que tudo não passara de um sonho mau, que acordara e estava diante do puto de antigamente, divertido, meigo, carente, o “meu” Pedro!
Falámos durante quase uma hora, ele pediu-me que entendesse que não estava bem, pediu perdão, disse que me adorava, que queria estar comigo... eu ouvi, perdoei...
Apetecia-me abraça-lo e enchê-lo de beijos... mas tive tanto medo, de mim, dele, dos meus pais, de tudo... fui cobarde, mais uma vez fui cobarde!
Sem pensar muito, sem o olhar nos olhos para poder mentir, disse-lhe que já era tarde, que o que tínhamos vivido não permitia voltar atrás, poderíamos ser amigos mas já estávamos em caminhos diferentes e esses caminhos não se cruzariam outra vez. Tentei convencê-lo e acima de tudo convencer-me que estava a ser responsável e sensata, acho mesmo que acreditei na minha mentira. Quantas vezes ao longo da vida não baptizamos a cobardia de sensatez?
Depois de nos despedirmos, quando estava à porta para sair o Pedro chamou-me, voltei-me e fiquei a observá-lo. Era tão lindo! Os olhos castanhos, olhavam-me, saltitantes, vi-o morder o lábio, percebi que estava nervoso, senti-o hesitar, pareceu-me na dúvida se deveria ou não falar... continuei a observá-lo em silêncio, vi os seus músculos contraírem, o seu olhar tornou-se gelado, o desprezo que sentia por mim naquele instante transtornava-lhe o rosto.
«Não fazes ideia do que eu sou capaz...» Fez uma ligeira pausa e pronunciou as palavras seguintes de forma arrastada. «Vou transformar a tua vida num inferno!»
Foram as últimas palavras que lhe ouvi, a sua última promessa. Não posso negar que a cumpriu...
Os meses seguintes vivi-os numa ansiedade angustiante, tive medo da minha própria sombra mas engoli os meus temores, sofri em silêncio, escondi do mundo o meu desequilíbrio da melhor forma que consegui, obriguei-me a ir aos mesmos locais, recusei-me a fugir...
Voltaram os telefonemas, o meu carro apareceu partido, o carro dele passou a alta velocidade a roçar as minhas pernas, por várias vezes fui seguida. Quando nos cruzávamos por acaso, ou talvez não, tinha a sensação que a qualquer momento ele sacaria uma arma. O ódio com que me acarinhava era evidente.
Sim, pensei apresentar queixa e sim como a maioria das mulheres em situações idênticas não o fiz. Não sei dar um motivo concreto, talvez por medo, talvez por achar que tudo não passava de imaginação e paranóia minha, talvez por pensar que se o fizesse ele nunca me perdoaria... mas ao contrário do que acontece também a muitas mulheres, a única tortura a que ele me submeteu foi psicológica, não me agrediu fisicamente, não me marcou de forma visível, não me matou!
Mas adiante que a história já vai longa... a minha relação com o zé estava condenada desde o inicio, e contudo, entre fins e recomeços durou muito tempo, demasiado. Quando finalmente terminou não me deixou nada, nem mágoa, nem dor, nem saudade, ficou apenas um grande zero!
Conforme prometido uns anos antes, numa “conversa” com Deus, durante uma viagem de carro, o tempo encarregou-se de me fazer sonhar outros sonhos, de viver outras paixões, de ser feliz, porque eu fui feliz, aprendi a buscar a minha felicidade em coisas simples, num café saboreado a olhar o Tejo, numa manhã de chuva em que tudo o que tinha a fazer era aconchegar-me nos lençóis quentes, numa dança, numa música, nas viagens, no trabalho, na solidão da minha casa...
Dos 21 aos 23 vivi com medo, depois o tempo acalmou-me, quando nos cruzávamos já não era raiva que via nos seus olhos, passou a ser dor, arriscaria mesmo dizer que o vi com vergonha. Percebi que não o iria esquecer mas acreditei que saberia viver com isso. Até aos 27 de alguma forma consegui. Claro que havia dias complicados, em que a dor regressava, em que a saudade estava presente, mas eu chorava, lambia as feridas e nos meses seguintes desfrutava de uma calma reparadora.
Ao aproximar-me dos 30 tudo se modificou, vivi obcecada com “ses”, perseguida pela culpa, pelas memórias, os sonhos triplicaram...
Lamentei os erros que cometi, lamentei as palavras azedas que trocámos, lamentei a forma como conduzi a minha vida... lamentei o “amo-te” que não lhe disse, lamentei ter poucos abraços a recordar, lamentei não o ter feito feliz, lamentei que não me tenha feito feliz, lamentei as mentiras, as meias verdades, lamentei a minha cobardia... senti pena de mim, e esse foi o sentimento que mais me reduziu, que mais me afundou...
Curiosamente nunca lamentei o amor retorcido que lhe dediquei ao longo dos anos, sei que vivi o que felizmente ou infelizmente poucos viveram, com uma intensidade que muitos nunca conhecerão. Sei que vivi um amor correspondido, ainda que vivido forma doente... sei que nenhum de nós foi o lobo mau nem o capuchinho vermelho a tempo inteiro. Tivemos um problema de comunicação, de maturidade, de caracter... Sei também como diz a velha música na voz de Elis Regina que “Deus dá o frio conforme o cobertor”!
Os telefonemas anónimos começaram pouco depois, eu atendia e ouvia-lhe a respiração pesada, começou por ser ao fim da tarde, depois passou para a hora do jantar e daí naturalmente evolui-o para a madrugada, para o telefone desligado, para a raiva que aprendi a sentir por ele.
Uma tarde ao chegar a casa em Lisboa, disseram-me que tinha ligado o Pedro e que pedira a morada para me escrever. O medo apoderou-se de mim pela primeira vez, não os meus medos comuns, resultantes da insegurança e do egoísmo, aquele era um medo corporal, físico. Ele não queria escrever-me, queria caçar-me, queria que eu soubesse que ele estaria por perto no momento menos provável, queria-me atenta, assustada... e assim o fiz. Calei-me por vergonha e escondi-me por medo. Soube bastante mais tarde que num dia de loucura ele pedi-o o carro ao pai e lhe disse que me vinha matar. Não darei pormenores porque os desconheço, sei apenas que se realmente o quis fazer, alguma coisa ou alguém o travou! Deixo um obrigada a essa interferência, embora a honestidade com que escrevo estas palavras, me obrigue a confessar que em alguns momentos estive tão perdida que desejei que ele cumprisse a ameaça. Foram breves e raros delírios, mas aconteceram...
Antes do Verão a minha irmã ligou-me e contou que o Pedro estava no hospital, que os seus problemas com a asma se tinham complicado e que fora internado, mas que já estava melhor. Passei os dias seguintes sem saber se devia ou não ligar-lhe, vou corrigir, sem saber se tinha ou não coragem de lhe ligar. Tive. Liguei-lhe, já estava em casa, falámos um pouco, fingimos que nada se passara, ele disse que o médico que o acompanhou o estava a ajudar, eu percebi que ele estava melhor e isso bastou-me.
Durante as férias desse ano, numa tarde que parecia a repetição de tantas outras, o telefone tocou.
«Olá... Sou eu...»
O meu coração disparou, sabia noticias dele com regularidade, ainda que a nossa última conversa tivesse sido aquele telefonema, mas não esperava ouvi-lo.
«Gostava de te ver, queria pedir-te desculpa, se poderes vir visitar-me... tenho saudades tuas!»
Fui.
No dia seguinte ao entrar no hospital vi-o de imediato, tinha-se submetido a uma cirurgia no pé, andava pelos corredores numa cadeira de rodas, como se estivesse numa pista de carros de choque.
Tínhamos os dois 21 anos, estávamos magoados, amargos, sentia-me envelhecida, revoltada com a vida, tinha raiva dele e de mim por termos descido tão baixo. Mas naquele instante, quando os nossos olhares se cruzaram e ele abriu um sorriso, toda a raiva e mal estar que sentia se dissipou. Iludi-me por momentos, pensado que tudo não passara de um sonho mau, que acordara e estava diante do puto de antigamente, divertido, meigo, carente, o “meu” Pedro!
Falámos durante quase uma hora, ele pediu-me que entendesse que não estava bem, pediu perdão, disse que me adorava, que queria estar comigo... eu ouvi, perdoei...
Apetecia-me abraça-lo e enchê-lo de beijos... mas tive tanto medo, de mim, dele, dos meus pais, de tudo... fui cobarde, mais uma vez fui cobarde!
Sem pensar muito, sem o olhar nos olhos para poder mentir, disse-lhe que já era tarde, que o que tínhamos vivido não permitia voltar atrás, poderíamos ser amigos mas já estávamos em caminhos diferentes e esses caminhos não se cruzariam outra vez. Tentei convencê-lo e acima de tudo convencer-me que estava a ser responsável e sensata, acho mesmo que acreditei na minha mentira. Quantas vezes ao longo da vida não baptizamos a cobardia de sensatez?
Depois de nos despedirmos, quando estava à porta para sair o Pedro chamou-me, voltei-me e fiquei a observá-lo. Era tão lindo! Os olhos castanhos, olhavam-me, saltitantes, vi-o morder o lábio, percebi que estava nervoso, senti-o hesitar, pareceu-me na dúvida se deveria ou não falar... continuei a observá-lo em silêncio, vi os seus músculos contraírem, o seu olhar tornou-se gelado, o desprezo que sentia por mim naquele instante transtornava-lhe o rosto.
«Não fazes ideia do que eu sou capaz...» Fez uma ligeira pausa e pronunciou as palavras seguintes de forma arrastada. «Vou transformar a tua vida num inferno!»
Foram as últimas palavras que lhe ouvi, a sua última promessa. Não posso negar que a cumpriu...
Os meses seguintes vivi-os numa ansiedade angustiante, tive medo da minha própria sombra mas engoli os meus temores, sofri em silêncio, escondi do mundo o meu desequilíbrio da melhor forma que consegui, obriguei-me a ir aos mesmos locais, recusei-me a fugir...
Voltaram os telefonemas, o meu carro apareceu partido, o carro dele passou a alta velocidade a roçar as minhas pernas, por várias vezes fui seguida. Quando nos cruzávamos por acaso, ou talvez não, tinha a sensação que a qualquer momento ele sacaria uma arma. O ódio com que me acarinhava era evidente.
Sim, pensei apresentar queixa e sim como a maioria das mulheres em situações idênticas não o fiz. Não sei dar um motivo concreto, talvez por medo, talvez por achar que tudo não passava de imaginação e paranóia minha, talvez por pensar que se o fizesse ele nunca me perdoaria... mas ao contrário do que acontece também a muitas mulheres, a única tortura a que ele me submeteu foi psicológica, não me agrediu fisicamente, não me marcou de forma visível, não me matou!
Mas adiante que a história já vai longa... a minha relação com o zé estava condenada desde o inicio, e contudo, entre fins e recomeços durou muito tempo, demasiado. Quando finalmente terminou não me deixou nada, nem mágoa, nem dor, nem saudade, ficou apenas um grande zero!
Conforme prometido uns anos antes, numa “conversa” com Deus, durante uma viagem de carro, o tempo encarregou-se de me fazer sonhar outros sonhos, de viver outras paixões, de ser feliz, porque eu fui feliz, aprendi a buscar a minha felicidade em coisas simples, num café saboreado a olhar o Tejo, numa manhã de chuva em que tudo o que tinha a fazer era aconchegar-me nos lençóis quentes, numa dança, numa música, nas viagens, no trabalho, na solidão da minha casa...
Dos 21 aos 23 vivi com medo, depois o tempo acalmou-me, quando nos cruzávamos já não era raiva que via nos seus olhos, passou a ser dor, arriscaria mesmo dizer que o vi com vergonha. Percebi que não o iria esquecer mas acreditei que saberia viver com isso. Até aos 27 de alguma forma consegui. Claro que havia dias complicados, em que a dor regressava, em que a saudade estava presente, mas eu chorava, lambia as feridas e nos meses seguintes desfrutava de uma calma reparadora.
Ao aproximar-me dos 30 tudo se modificou, vivi obcecada com “ses”, perseguida pela culpa, pelas memórias, os sonhos triplicaram...
Lamentei os erros que cometi, lamentei as palavras azedas que trocámos, lamentei a forma como conduzi a minha vida... lamentei o “amo-te” que não lhe disse, lamentei ter poucos abraços a recordar, lamentei não o ter feito feliz, lamentei que não me tenha feito feliz, lamentei as mentiras, as meias verdades, lamentei a minha cobardia... senti pena de mim, e esse foi o sentimento que mais me reduziu, que mais me afundou...
Curiosamente nunca lamentei o amor retorcido que lhe dediquei ao longo dos anos, sei que vivi o que felizmente ou infelizmente poucos viveram, com uma intensidade que muitos nunca conhecerão. Sei que vivi um amor correspondido, ainda que vivido forma doente... sei que nenhum de nós foi o lobo mau nem o capuchinho vermelho a tempo inteiro. Tivemos um problema de comunicação, de maturidade, de caracter... Sei também como diz a velha música na voz de Elis Regina que “Deus dá o frio conforme o cobertor”!
19 comentários:
Mas é assim mesmo que vamos amadurecendo nossos frutos.
http://cadinhoroco.blogspot.com/
Uma história triste,mas infelizmente vivida por muitas outras mulheres...a "nossa" juventude quase destruida,mas é assim a vida. O mais importante e parece q isso te aconteceu foi seres forte e des-te a volta á situação,ainda que marcada para todo o sempre!
escreves mesmo bem...dá gosto ler.t. olha, gostava de saber do pedro..que lhe terá acontecido. quando ao resto ja me ocorre dizer algo que tb eu sinto...andamos muitas vezes uma vida inteira à procura de algoque estava mesmo dos nossos olhos....a vida n tem assim tts pessoas especiais à nossa espera.
um beijinho cádis/ASV
Intressante post.
Na vida há bons e maus momentos.
A dor faz parte do projecto de vida.
Foste corajosa e deves continuar a ser.
Adorei ler o post, aliás gosto mt do teu blog. As palavras transpiram relevância e sinceridade.
Mas umas dúvidas fiquei eu:
Amavas-o e tinhas ódio dele ao mesmo tempo?
Depois das ameaças, no fim dizes que lamentaste de não o teres dito "amo-te"?! Não lamentes nada. Lamenta apenas de não teres sido boa para ti própria!
AMA-TE A TI PRÓPRIA dear! a serio.
Ao fim destes anos tendes a esquecer o que te fez sofrer e só as coisas boas te vêm à memória... prevalecendo.
Talvez a vossa relação nunca tivesse dado certo, porque o Pedro tem coisa escondidas na personalidade dele poucos bonitas e que, mais cedo ou mais tarde, por várias razões, voltariam a tona..
É isso que queres para ti?
MInha querida Marta..de facto hà momentos em que a dor é imensa...mas há que ter força...e eu sei que tu tens..porque sobreviveste...
um abraço muito grande
P.s. : tens razão ele ouviu-me ;)
Cadinho Roco e Máxima e pensamentos,
Obrigada pela visita. Voltem sempre.
Bj
Cádis,
O Pedro está bem, acho. Nunca mais falámos, mas vejo-o por vezes, ainda que ao longe. Vou sabendo dele por amigos, por alguém q nos conheça, o mundo é pequeno. Está com 31 anos, a ultima vez q o vi ainda estava lindo de morrer:). Não casou, não teve filhos, teve umas qtas namoradas... espero q esteja feliz!
Tens razão, na vida não há assim tantas pessoas especiais à nossa espera, e a vida deu-me tantos sinais para q o reconhecesse, eu não os soube ler... Não voltei a cruzar-me com alguém tão especial, mas confesso-te q acredito q aparecerá alguém! Não estou desesperada, não tenho pressa, virá quando tiver que vir, mas virá porque eu já mereço! Só espero perceber:).
Um beijinho
Fontez,
Obrigada, gosto mt de te receber!
Tentarei esclarecer-te. O Pedro representava tudo o que eu racionalmente nunca quis e ao mesmo tempo nunca houve ninguém que eu quisesse tanto como o quis a ele. Era qq coisa como: amo-te tanto que te odeio por isso. Talvez só faça sentido numa cabecita como a minha:).
Lamento mtas coisas, dói-me mais o mal q lhe fiz a ele do q o q ele me fez a mim. Não por ser boazinha, nunca fui. Apenas pq como se discute no teu blog, o perdão é um exercício complicado, principalmente qd temos q nos perdoar a nós próprios.
Estou a amar-me, cada dia mais um pouquinho... work-in-progress!!!
Bj
Xanusca,
Até podes ter razão, aliás, até deves ter razão, mas eu teria tentado, assim posso apenas dizer q fugi... não é esta a fotografia onde estou melhor, existem melhores ângulos, q a sola dos meus sapatos! Entendes?
Um beijinho mt grande pra ti, acredito q afinal somos Martas diferentes:)
Borboleta,
Sobrevivi, agora apetece-me mesmo é viver :)
Um abraço muito grande também para ti.
P.S. Se ele te ouviu, ouve-o também :)
Parafraseando dear Marta:
"Sobrevivi, agora apetece-me mesmo é viver :) ..."
Passa do apetite para a prática ;)
Já entendi o teu "ser"...!
Há quem diria q serias louca, mas não és! És apenas um Ser Humano querendo saber mais dos outros do que a si propria! Mas agora vai ser diferente, vais ver! ;)
Mas espera como fizeste tu mais mal a ele se foi ele q fez ameaças?
Esquece o assunto tá? Não se deve fugir aos problemas, certo? Tu enfrentaste o problema certo? Sofreste e agora saras a ferida vivendo...e é assim que funciona a vida! O tempo será teu amigo! ;)
abraço
Fontez,
Entender o meu ser não é fácil, nem eu o entendo muito bem... quanto à loucura... a distância que separa a sanidade da patologia é muito curta! :)
abraço
Uma coisa...vocês fazem todos directa? As horas a que comentam, vai lá vai... devias dormir mais Marta. :)
Neste episódio, a tortura continua, certamente as ameaças foram numa altura de completa desorde emocional dele, chegou ao fundo do posso por tanto sofrer. Agora já passou, tiveste sorte em arriscar tanto, mas talvez tenhas razão, pois ao denúnciares ele podia ficar mais agressivo. No fundo se calhar ele por te amar tanto nunca te faria mal, mas nunca se sabe, ainda bem que não o fez.
Agora bola para a frente e se não esqueceres e não há volta, vai para freira :) lol
Eu realmente ando a dormir pouco, mas o problema da hora dos comentários tem a ver com o facto do calhau q criou o blog n ter definido bem o relógio (por calhau deve ler-se moi même) :)
Freira... tenho mais aptidão para pecadora :)
Bj
Podes sempre deixar de ser um calhau com olhos e alterar isso na configuracao, é simples :)
Sim, já vi que gostas de pecar, nessa pele de cordeirinho... Pecar é bom :)
Qt à configuração, seguirei o teu conselho.
Qt ao facto de já teres visto q gosto de pecar, aconselho-te vivamente a procurar um oftalmologista... :)
Adorei-TE.
Mas afinal quem é o Zé? Quase para o final, aparece um "a minha relação com o zé estava condenada desde o inicio", quem é o Zé?
Gosto da forma como escreves, estar a ler-te é como tomar um café a olhar o Tejo.
A ver se começas a ficcionar, para não termos de esperar até teres 42 anos (no bom sentido).
Cdesag,
A história é longa, para a perceberes tens q ler tudo o q se chama EU (escolhi este nome pq sou egocêntrica:)), mas é longo, portanto pensa bem se o queres fazer:). Se leres o 2º e 3º post saberás quem é o Zé.
A ficção deixo contigo :), gosto da tua.
Espero q o café a olhar o Tejo te saiba bem, sirvo-te uma bolachita pra acompanhar?
Não me referi ao "entender" de conhecer, mas sim um "entender" de compreender! O Cdesag tem razão tens uma escrita formidável e sim tens jeito para escritora...pq n escreveres um livro? Dirás q sou louco, sim. E os verdadeiros artistas n são considerados loucos?
Falaste na patologia e sanidade...repito:
"Nós somos o que somos porque queremos!", nunca te esqueças.
;)
Fontez,
Eu percebi a parte do entender, estava a armar-me em parva, o que não é difícil :)
A escrita é uma terapia, gosto mais de números!
És artista? Escrita, pintura, escultura???
"Nós somos o que somos porque queremos!"
Quando conseguimos ser...
"O quando conseguimos ser..." depende apenas de nós!
Reformulo a máxima para ti :)
"Nós somos o que somos porque queremos e depende de nós conseguirmos ou não o que queremos"
Estará melhor assim? :)
Sou um simples jovem ... pacato que gosta de ler e escrever...!
Tomei a liberdade de, passados todos estes anos, voltar aqui. Li-te de novo, agora de uma forma diferente... Li-te agora conhecendo-te e conhecendo a historia... Hoje li-a de forma diferente (não é sempre diferente?) mas as vivências, o crescimento e o conhecimento ao longo do tempo transformam-nos, não é?
Deixo-te o meu carinho no meu silêncio... vou até ali ao teu baloiço que se transformou meu.
Um beijo, CA
Enviar um comentário